Seja o tipo de mulher que, quando seus pés tocam o chão a cada manhã, o Diabo fala "Oh droga, ela acordou!"

sábado, 13 de março de 2010

Quanto vale um 'eu te amo'?

Sei que parece uma pergunta estranha, mas quanto vale um 'eu te amo', pra você?
Foi sempre assim ou é mais uma novidade do século XXI as pessoas saírem dizendo quem amam umas às outras, assim, instantaneamente? Quer dizer, tá legal, Renato Russo nos disse para "amar as pessoas como se não houvesse amanhã", mas não acho que era a intenção dele propagar a vulgarização desse verbo. Assim como todo cristão sabe que deve amar "o próximo como a ti mesmo", mas não é desse amor fraternal por todos os seres humanos que estamos falando aqui, ok?
Exemplo: duas pessoas se conhecem, conversam, dão risada, percebem várias coisas em comum e/ou discutem de maneira saudável sobre as coisas que discordam, cria-se uma afinidade.
Mas isso não é motivo para deixarem depoimentos um para o outro com declarações de amor eterno!
O amor, assim como a confiança, é um sentimento delicado, que precisa ser cultivado lentamente para se enraizar. E eu não estou falando aqui apenas de amor romântico, aquele de um homem por uma mulher e vice-versa. Amor entre amigos, também!

Todo mundo adora falar que o amor verdadeiro nunca morre.
Mas, calma aí, quer dizer então que existem amores mentirosos?!
Não, não existem. Existem sentimentos, como paixão, que são comumente confundidos com amor. E existem as pessoas que amam e 'desamam' todo mundo o tempo todo, mas isso é absurdo e acho que não preciso nem comentar.
Paixão acaba, amor não.
"É sempre amor, mesmo que mude", canta o meu adorado Bidê ou Balde.
E é nisso que acredito.
Talvez a distância, o tempo e as circunstâncias modifiquem um amor, transformem-no em saudade e o deixem guardado em algum cantinho escondido do coração, mas matá-lo, jamais.

Tendo isso em mente, eu pergunto de novo: quanto vale um 'eu te amo'?
Apesar de saber que atitudes são, muitas vezes, mais importantes que palavras, eu costumava dizer sempre que podia o quanto eu amava as pessoas que eu amava: em scraps, mensagens, e-mails, depoimentos, ao fim de uma conversa no msn etc etc etc.
Até que eu me afastei da pessoa que eu amo há mais tempo (literalmente, desde que nasci), e por mais que eu continuasse amando, eu não conseguia mais dizer isso a ela. Consequentemente, perdi o costume de dizer também às outras pessoas. Claro que, em determinadas situações, eu ainda digo a quem eu amo que eu os amo, mas dizer a alguém 'novo' se tornou tão difícil...
Hoje eu vi uma foto minha no orkut de um amigo com a legenda "amo vcs". Eu o conheço há pouco tempo, mas sei que ele não falou da boca pra fora, porque já demonstrou um grande carinho e uma consideração imensa por mim. E eu também gosto muitíssimo ele, e queria comentar na foto "também amo você!", mas não consigo. Pareceria tão... fácil (?) se eu dissesse assim, simplesmente.
Tá, pode ser bobagem minha (não mandei lerem o que eu escrevo aqui, só tem bobagem! xP), mas eu não consigo.

Há algumas semanas, eu estava conversando com um amigo, e ele estava se desculpando por umas coisas e agradecendo por outras (muito embora eu é que devesse agradecê-lo, mas enfim...), tava uma conversa super profunda e emotiva e coisa e tal, e tal e coisa. Depois do típico abraço de fim de conversa sentimental (ah, eu adoro os abraços dele! hihihi), ele me falou "eu amo você".
Ele nunca tinha me dito isso.
E ele definitivamente não é o tipo de pessoa que diz isso pra qualquer um.
Minha reação?
Abracei ele.
Tá, não é legal não dizer "eu amo você também", mas poxa, eu ainda estava em estado de choque! Eu não esperava aquilo! Ele provavelmente não faz ideia do quanto foi importante pra mim ouvir isso dele...
Mas, no fim da noite, eu disse que amava ele e que ele era o meu melhor amigo.
E me senti muito bem dizendo isso, porque é verdade.

Não sei quanto a vocês, mas pra mim esse 'eu te amo' vale tudo.



ps: Mih, Kah e Mihmorena, eu AMO vocês.

Saudade.

Aqui estava eu a matutar com meus botões sobre a SAUDADE.
Mas, pelos raios de Zeus, o que é essa danada da SAUDADE?
Como futura professora, devo dar o exemplo, então recorri ao dicionário.

Saudade

s. f.
1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que nos vemos privados.
2. Pesar, mágoa que essa privação nos causa.
3. Bot. Suspiro (planta dipsacácea).
4. Nome dado no Brasil a várias plantas.

Saudades
s. f. pl.
5. Lembranças; recordações; cumprimentos.
 
Segundo o dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o significado do vocábulo SAUDADE está ligado à ausência de algo/alguém e a tristeza causada por tal ausência. Excluindo, é claro, os significados 3 e 4, que se referem à botânica e não são de nosso interesse nesse post.
Como presumo que todos saibam, SAUDADE é uma palavra exclusiva do nosso idioma, o que explica a música do Rosa de Saron (eu não sabia que era deles - blog também é cultura! hahaha)Apenas Uma Canção de Amor, que diz: "Eu aprendi sem a gramática/ Que saudade não tem tradução".
Em inglês, a palavra com significado mais próximo é o verbo miss, usado para sentir falta (I miss you - Eu sinto sua falta) ou perder (I missed the show - Eu perdi o show).
 
Dada a aula de semântica, vamos ao que interessa: é simplesmente isso que é a SAUDADE?
Como disse, certa vez, um professor de linguística, não é porque não existe a palavra no vocabulário dos outros países que eles não sentem SAUDADE. Eles só não têm a mesma necessidade expressar isso. Porque I miss you não é o mesmo que Eu estou com saudades de você. Porque sentir SAUDADE não é só sentir falta.
Afinal, quem é que nunca sentiu SAUDADE de algo ou, principalmente, de alguém que não estava exatamente ausente?
A verdade é que a gente sente SAUDADE de tudo: de alguma época da vida, de algum doce que comia na infância, de uma voz, um abraço (ah, a saudade dos abraços são as que mais me doem), um dia específico, um sorriso, uma música que já não toca mais...
 
Acho que todos os poetas, músicos e escritores já tentaram definir esse sentimento que, ao contrário da palavra, é universal.
 
"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar." Rubem Alves
Afinal, quem disse que a alma não fala?!
 
"Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida..." Pablo Neruda
 
"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche." Martha Medeiros
(para quem quiser, tem o texto na íntegra)
 
"Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante." Carlos Drummond de Andrade
Dói talvez até mais.
 
"Que saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar..." Chico Buarque
 
Mas acredito que ninguém definiu melhor a SAUDADE, essa maldita companheira de solidão, do que Clarice:
 
"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." Clarice Lispector

Uma vida em sete dias...

Parece que eu envelheci muitos anos nessa última semana.
Na noite de sexta, dia 5, eu deitei a cabeça no travesseiro pensando "minha vida está perfeita, muito obrigada, Deus". Cerca de doze horas depois eu veria uma parte dessa vida perfeita vir abaixo, justamente a base que mantinha todo o resto de pé. E eu, como fiel seguidora da Lei de Murphy, saí de casa e piorei a situação até beirar o insustentável.
O domingo pareceu se arrastar interminavelmente.
Segunda eu decidi parar de me sentir culpada.
Vieram a terça, a quarta... As coisas estavam relativamente melhores, mas eu ainda parecia um fantasma andando pela casa ou na rua.
Quinta eu finalmente senti uma mudança considerável e arrisquei a me animar um pouco.
Sexta as coisas estavam próximas do normal, mas ainda assim eu sentia aquele incômodo. O estrago estava feito. Está feito.
Exatamente uma semana depois, eu deitei a cabeça no mesmíssimo travesseiro e tudo o que eu pensava era "quero minha vida de volta, por favor!".
O sábado trouxe apenas a resignação. Uma vez mudadas, as coisas não voltam a ser as mesmas.
Não espero que alguém entenda tudo o que eu estou falando, pra quem sabe da situação pode até parecer um dramático exagero. Mas a perda da inocência é algo trágico, e as mães são os seres mais inocentes que Deus criou.

Mas e quando é você que decepciona?

É claro que nem tudo é cinza nisso.
Todo fundo de poço tem algo que te impulsiona de volta pra cima. Às vezes essas 'molas' são adoráveis surpresas. E, às vezes, você descobre que não tem dado valor ao que realmente importa, aprende a não ser tão imediatista.

Você tem um minuto para aproveitar a dor. Abrace-a. Sinta-a. Descarte-a ir. E siga em frente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Não importa quem acabara com quem, porque de algum modo sobrenatural sempre seremos Eu e Você.... Alma Gêmeas.

Talvez você nem se case com sua alma gêmea. Mas com certeza a ama ao ponto disso. Espera de coração muito mais do que com qualquer outra pessoa que tenha passado por sua vida. Provavelmente vocês terminem com uma briga fortíssima, daquelas avassaladoras, mas depois de algum tempo o único sentimento que resta é a saudade. Alma gêmea á aquela que todo mundo diz que combina com você, e quando todos ao seu redor associam à você e fica estranho vê-los separados. Parece que ninguém mais que você arranjar combinará com você. E até você pensa assim. Talvez você encontre outra pessoa e seja feliz. Ame, seja amado. Mas sempre vai ter certeza que aquela não á sua alma gêmea. Se um dia perder a sua alma gêmea talvez seja triste duro, mas pelo menos saberá que um dia teve o amor de sua vida em seus braços.
(As raízes ainda estão lá, só leva tempo...)


Eu queria ter postado esse textinho faz tempo, mas sabe como é... enrolei, enrolei... e só agora estou aqui.

Vocês já tiveram aquela sensação de ter achado sua alma gêmea? Aquela pessoa que de alguma forma esta conectada com você, que desde o primeiro momento que vocês entraram em contato vocês se reconheceram... não, não to falando de amor a primeira vista e sim algo maior: afinidade, reconhecimento, conexão.

Eu sei que quando estamos com alguém a gente acaba criando um certo “poder” telepático, que podemos sentir quando a pessoa ta bem ou não, e onde muitas outras coincidências acontecem. E também vemos sinais em tudo, todos passam a se chamar tal nome, todos os carros são iguais, até o sobrenome aparece estampando em murros ou falados na rádio e disso pra pior, onde as mais bizarras coincidências acontecem o.O sérioo, chegar a dar até medo – mesmo sabendo que é a gente mesmo que passa a prestar mais atenção naquelas coisas.

E o mais bizarro ainda é que terminei de ler um livro hoje que fala exatamente disso, dessa ligação maior. Vou até aproveitar pra colocar umas partes que achei lindinha... Ahhhhhh, mas avisando quem ainda não leu “Pra sempre – os imortais” e pretende ler, pule a próxima parte, senão irá estragar a sua futura leitura =//



- Porque sou péssimo com despedidas – ele responde, forçando um sorriso que nunca passou por seu rosto. – Está vendo? Agora são duas áreas em que mando mal à beça: o amor e as despedidas.



- Presos um com o outro? É assim que você nos vê? Acha que está encalhada comigo para o resto da eternidade? – E olha pra mim de um jeito que me deixa na dúvida: não sei se está ofendido ou brincando.

Por um instante, esqueci que meus pensamentos não são apenas meus quando ele está por perto. Portanto, sentindo o rosto queimar de vergonha, tento me explicar:

- Não, não é isso! É que... bem achei que era assim que você se sentia a meu respeito. Quer dizer, a gente está cansando de ver isso em histórias de amor! E em nosso caso mais ainda, já que tantas vezes nos perdemos um do outro. Não é a toa que você sempre volta a me procurar. Não porque goste de mim, mas porque faz seiscentos anos que está tentando (...).

Depois me dá um beijo, mas logo toma a iniciativa de se afastar. Então pego sua mão e o puxo de volta para dizer.

- Não vá embora. – Fico encarando Damen. – Nunca mais saia do meu lado, por favor.

- Nem pra buscar um copo d’água para você? – ele brinca.

- Nem pra isso – respondo, as mãos explorando o rosto inacreditavelmente perfeito que tenho à minha frente. – Damen, eu... – As palavras param na garganta.

- Você o quê? Fala. – Ele sorri.

- Senti muito sua falta – finalmente consigo falar.

- Também senti a sua – ele devolve. Depois se aproxima para beijar minha testa, mas subitamente recua.

- Que foi? – pergunto, observando a maneira como ele me olha, o sorriso largo entre os lábios, a expressão de carinho no rosto. (...)

Olho fundo nos olhos dele, sabendo que deveria dizer alguma coisa, mas sem saber se encontrarei as palavras certas. Portanto, apenas fecho os olhos e dou vazão aos pensamentos para que eles sejam lidos.

Mas Damen ri e diz:

- É sempre melhor quando é dito.

(...)

Sei que o preço da eternidade é alto, mas sei também que as coisas podem se arranjar. (...) E se a eternidade começa hoje, é assim que vou vivê-la: até o fim do dia, e só. Sabendo que Damen estará sempre a meu lado. Tipo assim, sempre, certo?

Ele busca meu olhar, esperando uma resposta.

- Eu amo você – digo baixinho.

- Também amo você – ele devolve, os lábios pedindo os meus. – Sempre amei. E sempre vou amar.



O livro é perfeito, fazia tempo que não achava um livro assim (não que não achava um livro bom, mas que a história fosse romântica e engraçada *.* li em dois dias: na aula, na academia huahua todos os intervalinhos possíveis – ou não), pior que procurei, procurei uma parte que achei linda também, mas não achei =/ eu devia ter anotado antes, enfim. Tem uma parte que ele fala que não quer perder ela de novo *.* PERFEITO.

Alma gêmea é isso, alguém que você está conectado, que você sente se algo bom ou ruim vai acontecer com a pessoa, sendo que pra isso vocês não precisam necessariamente estar juntos, essa conexão se faz mesmo que vocês fiquem meses sem se ver, mesmo se vocês nem se falem mais. É assim, um amor diferente, não uma paixãozinha qualquer, não aquela pessoa que você já amou muito e depois acabou, é amor puro, inocente, com carinho... você se preocupa com a pessoa, você quer ver ela feliz, é um amor que não é egoísta, não sei explicar... acho que nem existe palavras para isso... mas é apenas uma certeza, que nem você entende. A coisa mais importante é que sua alma gêmea seja feliz, esteja bem, porque ele de alguma forma desperta o que a de melhor em você, a sua melhor parte.

Podem ser maridos, namorados, amantes, amigos, colegas, ou até mesmo nem mais se falarem por causa de erros do passado. As pessoas sempre falam que se a outra pessoa te ama ela te perdoa e volta com você, eu acreditava nisso, porém não acredito mais, sabe porquê? Porque é aquela velha história, quem faz uma vez não necessariamente faz duas, mas quem faz dez com certeza faz onze. Então é só questão de lógica, alguém vacila muitas vezes com você, ou você vacila muitas vezes com a pessoa, então porque acreditar que ela não vai vacilar de novo? Porque se arriscar? Amor? Lógico, conta muito, mas para vocês que sabem que papai noel não existem, então vão me entender quando digo que tem coisas que também contam muito – Viu só? Não é tão fácil assim voltar ao ringue, principalmente com quem te nocauteou no primeiro assalto.

Tem hora certa pra tudo, às vezes quando vocês se encontraram não era a hora certa, sei lá, um dos dois podia ser mais maduro que o outro, talvez um dia possa ser, talvez nunca será a hora. Mas pelo menos você terá a certeza de que não está sozinho, que de uma forma ou de outra sempre existira aquela parte que se conecta com a sua, é até por isso que algumas vezes vem aquela saudade que você nem sabe o porquê... se isso acontecer, perceba que é a sua parte sentindo a falta da parte dele.

E para os que acham isso uma grande bobagem eu fico triste, porque nunca saberão a sensação de não se sentir completamente sozinho, de sentir saudade sem saber o porquê, de um amor não egoísta, a sensação de querer ver sua alma gêmea feliz e pronto... é o essencial =D




terça-feira, 9 de março de 2010

Outro tempo começou pra mim agora!

"Às vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão
Escuto no silêncio que há em mim e basta"


Hoje acordei meio assim, curtindo a 'solidão', o silêncio... ou seria me curtindo?
As aulas de manha foram só para terminar um trabalho no laboratório e depois fiquei lá... me sentindo uma total estranha, uma anti-social. Pensando: o que deve estar errado comigo?! Sério, porque eu preferi ficar lendo meu livro e depois ficar na academia, me curtindo sabe? Com meus pensamentos, minhas histórias... fugir dos dramas, dos romances, das complicações do dia-a-dia e até mesmo das nossas futilidades, nem que fosse por algumas horas.
Não posso dizer que não tenho amigos, não posso dizer que sou uma pessoa que as pessoas evitam se aproximar, posso dizer apenas que curto ficar sozinha às vezes, que curto selecionar amizades, que prefiro ficar em casa com meus seriados e livros do que reparando na roupa de outras meninas, ou querendo cuidar da vida das pessoas.
ahuuauhauauhhu
às vezes me sinto totalmente desconectada.
Não sei, não sei se é só uma fase... só sei que acostumei a não depender de ninguém, a não precisar falar quando as coisas estão entaladas na minha garganta... simplesmente porque teve momentos em que eu não achava ninguém pra me ouvir, porque são seres humanos e também estão preocupados com seus 'problemas' como muitas vezes eu não estava ali. Não sei mais me preocupar tanto em ouvir os problemas dos outros, estou ali, mas não sou mais a mesma...
Sim, não sei em que ponto mas as coisas estão diferentes... mass.... como diria... sem importância, pelo menos não como costumava ser.
Não consigo mais ver alguém se importando comigo, porque simplesmente deixou de ser necessário...
Conselhos agora são bons para ter possibilidades de agir/fazer/falar e não mais um pedido para uma tirar aquele nó da garganta.
Porque no final é só você contra você mesmo.



Por favor, me deixe com meu silêncio.



sexta-feira, 5 de março de 2010

Nunca me disseram o que devo fazer...

‘Às vezes eu me sinto incrivelmente desconectada. Muito desconfortável na minha pele. Ou como se eu não me encaixasse nesse mundo. Como se tivesse nascido no tempo errado e que não pertenço a esse lugar.’
[Halley James Scott]


Caros amigos e amigas me desculpem pelo meu momento revolta e um pouco antiquado, mas estou hoje aqui para falar em como os relacionamentos mudaram e muito.

Na época de nossas avós o namoro delas eram simplesmente a paquera de hoje em dia (se ainda posso comparar em como é ‘paquerar’ nos dias de hoje). Elas namoravam a distância, sentadas em sofás separados na sua própria casa, após o moço pedir permissão aos pais da moça, e no máximo andavam de mãos dadas, nada de beijos, ‘ficadas’, e tudo que isso gera. Para a formação de um casal os locais seriam, por exemplo, uma praça. Sim, uma praça, onde as moças ficavam em rodinhas com suas amigas e os caras passeando ao redor, trocando olhares apenas... nada de puxões de cabelos, cantadas de um palavrear chulo (ok, muitos vezes até engraçado).

Já na época de nossas mães as coisas mudaram um pouco, as moças podiam namorar mais, beijar, e até muitas vezes não casavam virgens. Mas tudo dentro do limite da época, nada de beijar deus e mundo, ainda era preciso pedir a permissão dos pais e essas coisas.

E hoje em dia? Como as coisas estão? Como elas andam? Com toda essa liberdade que transformou todo o mundo do relacionamento.

Irei citar dois textos do nosso brilhante escritor Arnaldo Jabor. O primeiro é a crônica “Estamos com fome de amor” e o segundo é o “Falo a língua dos loucos”. Esses, dentre muitos outros deles, mexem muito comigo quando leio e releio, e volto a ler huahuahua (mexem é meio esquisito né? ¬¬ ok, me deixa pensando, melhorou?)... O primeiro diz que o mal do século é a solidão, que fomos condicionados a agirmos como máquinas, e agora estamos desesperados a voltar a “sentir”, só isso, algo tão simples que a cada dia fica distante de nós. Agora as moças, são mulheres, mulheres lindas, sedutoras, que usam roupas minúsculas, danças sedutoras, para conseguir atrair a atenção de um cara, nem se for só por uma noite. Hoje estamos condicionadas a não sentir nada, a não se apegar... se apegar pra que? Para se magoar? Para ser trocada por outra? - Eu não quero promessas. Promessas criam expectativas e expectativas borram maquiagens e comprimem estômagos.

Sim, é legal sair pra curtir. Sair com suas amigas, pegar um cara lindo, ou esnobar todos, é legal se gabar, é legal seduzir, conquistar, pisar, comer corações no café da manhã. Não to dizendo que isso é ruim, não to dizendo que isso não é legal. Só to dizendo que tem um momento, nem que seja uma fração de segundo, em que você para e se sente sozinha. É legal ter muitos steps, ter caras te ligando, te chamando de linda, meu anjo, e o diabo a quatro.. mas o problema é quando você olha todos esses caras que são seus steps, peguetes, affair e pensa em que nenhum daqueles serve pra você, em que nenhuma deles faz a solidão, de quando você está sozinha, passar.

“Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo!

A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, a conta de telefone é sempre altíssima. Mas e ai? O que isso te acrescenta?

Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida???”

Não to dizendo que é melhor se isolar, ficar cinco meses sem beijar ninguém porque você quer esperar a pessoa certa (confie em mim NÃO ADIANTA, não adianta pelo simples fato de você ficar com sua solidão e só pensar naquilo, pelo menos com um step sua mente tem com o que pensar ahuhau). To querendo passar o fato de como as pessoas fogem de compromisso (ok, eu fujo... tenho medo de me magoar também poxa ahuhuahua isso serve pra mim, eu sei), em como os valores inverteram. E se for incluir o sexo no meio disso então? (e não só ficar, de beijar). Hoje um cara te conhece em uma balada, em um bar, dentro do ônibus, na internet e mil e outra forma... ele te add no msn, no orkut... vocês conversam, tentam se ver... e após a segunda, terceira ou quarta vez que vocês se beijam ele tenta te levar pra cama, isso se não tentar logo de primeira ahuuhahuaua =P Tem que rir pra não chorar.

Cada vez mais se envolver com alguém é dar um tiro no escuro, é pisar em ovos, é viver na duvida. É pensar se deve ou não ir pra cama com o cara. É pensar se ele vai querer continuar indo pra cama com você, ou você com ele né? É pensar que vai chegar um tempo que ninguém mais vai querer namorar sem antes ir pra cama com você. É legal a liberdade de escolha que temos hoje em dia, só que quanto maior a liberdade maior as conseqüências que deveremos arcar. Ter liberdade não é simplesmente poder fazer o que se quer, ter liberdade é poder fazer o que se quer sabendo de suas conseqüências (conseqüências boas ou não). Não sou uma moralista que acha errado ir pra cama sem estar namorando, ou quiser ir pra cama com um cara porque se sentiu atraída, e se você que está lendo isso e acha errado vai uma dica: um dia você vai pagar sua língua, não se dê de santa, quem é realmente sossegada não precisa ficar falando, odeio pessoas moralistas... aliais, falsos moralistas né =P (acredito em valores pessoais, cada um sabe o que é melhor para si, se quer ir pra casa com um ficante, com um namorado, com um marido... vai de cada um saber o que é melhor para si).

O fato aqui é, até que ponto é algo só pra curtir, só de momento, e que ponto entra o medo de não se apegar, em que ponto entra você lutando com você mesmo que sabe que aquele amigo com benefícios é só aquilo, é só isso e não vai poder chegar a ser mais nada e que você não pode se apegar. Não to dizendo isso só para as mulheres não, hoje em dia as mulheres tão assim também.

Até que ponto alguém está com você só pra ir pra cama, só por causa do seu corpo. Às vezes, você acha que conhece uma pessoa, mas não conhece.

E pra terminar, ou você acaba se acostumando com as novas regras de hoje, ou você acaba como uma solteirona que fica escrevendo post revoltados como esse.

Ahuuahhuauauauhahua =P






Feliz aniversário, envelheço na cidade...

Esse mês chegou trazendo um clima mais ameno (graças aos deuses!) e as águas de março já estão fechando o verão, embora o outono só comece oficialmente no dia 21.
Não sei quanto a vocês, mas março pra mim traz muito mais do que apenas dias nublados. Além do meu aniversário, tem ainda um monte de coisas importantes que aconteceram nesse mês, e uma atmosfera saudosista toma conta da minha vida. Não é como a nostalgia de fim de ano, de ficar lembrando de tudo o que aconteceu, muito menos a ansiedade de não saber o que virá em seguida. É uma saudade pura e dolorida.
Todo ano, nessa época, eu me pego lembrando de como foram os meus aniversários anteriores, quem me desejou parabéns, quem me deu um abraço, quem comemorou comigo. E é inacreditável a mudança de um ano para outro.
Pessoas que antes faziam questão de ligar ou mandar mensagem à meia-noite, de repente só deixam um scrap simples, ou até isso esquecem.
Gente que nem sequer me conhecia quando eu fiz 19, e que eu sei que vai me dar um super abraço pelos meus 20 anos.
Olhando as fotos dos anos passados, eu vejo que tem aqueles que estiveram lá nos meus últimos três ou quatro aniversários, e que eu sei que não estarão comigo esse ano.
Não estou reclamando, eu sei que é assim que as funcionam, c'est la vie! E eu não trocaria as pessoas que eu tenho ao meu lado hoje por nenhum dos aniversários anteriores. Não me levem a mal, mas eu não me arrependo de nenhuma das escolhas que fiz, e estou muito satisfeita com o lugar onde essas escolhas me levaram. Não é uma questão de os meus amigos de hoje serem melhores que os de ontem, mas eu acredito que o melhor dia é sempre hoje, mesmo que a saudade machuque às vezes.

ps: amo vocês, ML, K e MM. <3