Parece que eu envelheci muitos anos nessa última semana.
Na noite de sexta, dia 5, eu deitei a cabeça no travesseiro pensando "minha vida está perfeita, muito obrigada, Deus". Cerca de doze horas depois eu veria uma parte dessa vida perfeita vir abaixo, justamente a base que mantinha todo o resto de pé. E eu, como fiel seguidora da Lei de Murphy, saí de casa e piorei a situação até beirar o insustentável.
O domingo pareceu se arrastar interminavelmente.
Segunda eu decidi parar de me sentir culpada.
Vieram a terça, a quarta... As coisas estavam relativamente melhores, mas eu ainda parecia um fantasma andando pela casa ou na rua.
Quinta eu finalmente senti uma mudança considerável e arrisquei a me animar um pouco.
Sexta as coisas estavam próximas do normal, mas ainda assim eu sentia aquele incômodo. O estrago estava feito. Está feito.
Exatamente uma semana depois, eu deitei a cabeça no mesmíssimo travesseiro e tudo o que eu pensava era "quero minha vida de volta, por favor!".
O sábado trouxe apenas a resignação. Uma vez mudadas, as coisas não voltam a ser as mesmas.
Não espero que alguém entenda tudo o que eu estou falando, pra quem sabe da situação pode até parecer um dramático exagero. Mas a perda da inocência é algo trágico, e as mães são os seres mais inocentes que Deus criou.
Mas e quando é você que decepciona?
É claro que nem tudo é cinza nisso.
Todo fundo de poço tem algo que te impulsiona de volta pra cima. Às vezes essas 'molas' são adoráveis surpresas. E, às vezes, você descobre que não tem dado valor ao que realmente importa, aprende a não ser tão imediatista.
Você tem um minuto para aproveitar a dor. Abrace-a. Sinta-a. Descarte-a ir. E siga em frente.
sábado, 13 de março de 2010
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