Como prometido, e atendendo a pedidos, vim aqui escrever sobre aquela famosíssima frase "os opostos se atraem".
Pergunte a qualquer professor de física e ele dirá que isso é um fato comprovado. Um pólo positivo atrai um pólo negativo e vice-versa. Enquanto dois pólos positivos ou dois negativos, se repelem.
Tá, mas e aí? O que isso prova?
Absolutamente nada.
Relacionamentos não podem ser explicados em um laboratório de física.
(ainda bem, já pensou se, além de contar com a ajuda de Santo Antônio, ainda precisássemos decorar todas aquelas fórmulas pra encontrar um namorado?!? já teria virado celibatária!)
Mesmo porque amor, paixão, luxúria e todas as suas variações, nada têm a ver com física, e sim com química. Não, não aquela química do colégio, muito menos química orgânica (*bate na madeira*), mas aquela química que rola entre duas pessoas, e pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento.
Os dois pode ter gostos parecidíssimos pra música, mas ele adora um hambúrguer e ela é vegetariana. Ou então eles se conheceram na locadora quando ele a deixou levar o DVD daquele filme cult que ele também queria ver, mas quando ela o chama pra balada, ele pede pra ficarem em casa comendo pizza.
Talvez ele seja um cara que adora declarar para o mundo o quanto está apaixonado, já ela detesta demonstrações públicas de afeto.
Pode ser que ela adore ganhar flores, mas ele nem sequer lembra quando é o aniversário de namoro.
Ela pode não estar procurando um relacionamento sério e ele pode ser um galinha incorrigível. Os dois evitam deixar que alguém se aproxime, porque não querem correr o risco de se apaixonar. Mas ela não tira ele da cabeça e ele olha pra ela como se estivesse hipnotizado.
Dois corações iguais, fechados sob uma armadura das decepções passadas.
A física diria que eles devem se repelir.
Mas eles nem gostam mesmo de exatas...
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